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Estável financeiramente, o Flamengo vê transações antigas como uma boa entrada de dinheiro até hoje. Isso porque os jovens formados na base do clube ainda rendem percentual. Vinícius Júnior está sendo cotado para deixar o Real Madrid, e com isso, o Mengão pode embolsar mais uma bolada.
Com a provável ida de Mbappé ao Real Madrid, uma saída tem sido especulada, até porque Vinícius Júnior tem sofrido com racismo na Espanha. Chelsea, PSG e Liverpool chegaram a aparecer como possíveis interessados. De acordo com o Sport, da Espanha, o time francês teria largado na frente. A ideia é oferecer 200 milhões de euros, o que ultrapassa R$ 1 bilhão.
Como clube formador, o Flamengo poderia receber 2,5% do valor total. O Mecanismo de Solidariedade da Fifa prevê uma divisão no valor entre os clubes formadores dos atletas, mas no caso de Vini, sua única casa foi o Mais Querido. Dos aniversários de 12 a 15 anos, o percentual é de 0,25% por temporada, enquanto dos 16 aos 18, são 0,50% por temporada. Vale lembrar que funciona de acordo com o ano do aniversário, e por isso, mesmo saindo ao completar 18, a temporada dos 18 anos entra na conta.
Vinícius Júnior chegou ao Flamengo com 11 anos, começando a contabilizar para o Mecanismo aos 12 anos. Por isso, totalizando 2,5%, dos 12 aos 18 anos. A quantia daria R$ 25 milhões a receber por parte do clube carioca, caso Vini seja vendido pela bagatela de R$ 1 bi.
Apesar do caminhão de dinheiro que o tornaria o segundo jogador mais caro da história do futebol, atrás apenas de Neymar, a imprensa espanhola também noticia que a vontade do atleta é de permanecer. Além disso, o próprio jogador já falou sobre o interesse em fazer história em Madrid.
Mesmo sofrendo com o racismo, Vinícius Júnior quer seguir sendo símbolo da luta antirracista em um país com graves problemas estruturais, e por isso, vê importância em seguir combatendo os espanhóis preconceituosos.
“Pensei em sair, sim. Mas se saio daqui, estou dando o que querem aos racistas. Vou seguir lutando e jogando no melhor do mundo, ganhando títulos e fazendo muitos gols, para que vejam cada vez a minha cara. Sigo evoluindo para isso. Jogar futebol e fazer a alegria das minhas pessoas e de todos que vão ao estádio. Racistas sempre serão minoria. Como sou um jogador atrevido, que joga no Real Madrid e ganhamos muitos títulos, é complicado. Mas vou seguir firme e forte, pois presidente me apoia, o clube me apoia, para que eu continue e possa ganhar muitas coisas”, diz Vinícius Júnior em coletiva na Seleção Brasileira, após a última convocação.
